Sobre se amar e Mito da Caverna

Lágrimas constantes
Eu me odeio
Eu sou um nada
4 kg a mais

Minhas mãos
Minhas panturrilhas
Minhas coxas
Minha barriga
Meu nariz

Eu não quero existir
Me sinto imóvel
Presa a um movimento ordenado
Uma inércia
Não nos ensinam a sair
Acorrentada em uma caverna

Lapsos momentâneos de alegria
Ninguém sabe o que se passa
E mesmo assim falam sem pensar
Eles machucam
O ser humano morreu
Então por que continuar?

Eu me importo tanto
Isso é tão cansativo
Um comentário
Termina de me matar por dentro
Eu me odeio

Inquieta
Eu não sei o que fazer
Tudo parece errado
Só queria acabar com essa angústia



















Tarde de sexta-feira. Uberlândia

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